segunda-feira, 25 de outubro de 2010

mais um sábado mais um graças de afectos!

Depois de aparecermos na RTP África e na TVS já éramos esperados por algumas crianças, outras nem tanto... não têm acesso à electricidade. Lá chegámos para mais uma manhã de boa disposição, desta vez a enfermaria estava repleta... repleta de crianças tristes e sem acompanhamento, desta vez custou mais. Eram muitas e algumas partilhavam as camas, os bracinhos doiam-lhes e não podiam desenhar, muitos bracinhos a doer por causa do soro que já nem estava ligado (mais tarde a dra. Claudia lá me explicou, com explicação para leigo, que eles cá por não terem uma pecinha de plástico têm de deixar a agulha, o que rebenta muitas veias). Como custa ver as suas carinhas tristes... e como é gratificante ver o seu sorriso quando não podendo desenhar ganham um barco, um chapéu ou um pássaro de papel. Mas tudo acaba naquelas horas da manhã, depois vão embora os tios, e com eles os sorrisos, as canetas, os lápis e as folhas de papel e sem sorrisos a TIA não consegue viver portanto apelamos a vocês que, se puderem, nos mandem lápis de côr, muitas cores, canetas de feltro, resmas de papel, lápis de cera, aguarelas e brinquedos, legos, legos que são faceis de manusear, não criam diferenças na brincadeira e estimulam mais que qualquer outro brinquedo a imaginação das crianças, duplo para os pequeninos e normais, livros, papel de lustro, papel colorido, meias velhas para fazermos fantoches e outro material reutilizável que já não usem, enviem-nos. Até dois quilos os correios têm um serviço económico, muito barato e, assim, com esses vossos pequenos gestos poderemos encher a pediatria do hospital com sorrisos todos os dias!!! 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Primeiro tristes… abandonados… sem alento. Depois… tímidos, surpreendidos, espantados e com enormes sorrisos. Foram assim as mudanças que pudemos operar nas crianças das duas pediatrias do Hospital Central de São Tomé e Príncipe. De nariz vermelho posto as tias e os tios e também sobrinhos cheios de energia encheram as crianças de sorrisos, mimos, animação e esperança de que o paludismo se vai embora e rapidamente vão poder correr e saltar, as costas vão melhorar e num instante muitas cambalhotas vão poder dar, o fungo vai ir embora, depois de uma viagem a Portugal, e de novo vai ser possível dar um mergulho nas águas quentes de morro peixe. As caras ficaram pintalgadas com cores, a pediatria cheia de sorrisos e gargalhadas, até correias e jogos de bola! As paredes de azulejo branco ficaram mais coloridas com desenhos de tartarugas ninja, de crianças a sorrir de nariz vermelho posto e, mais importante de tudo, com o nome de grandes artistas  inscrito neles – o nome de cada criança animada e que agora já acredita que num instante o dói-dói vai passar e se não passar muito rápido não faz mal, daqui a 15 dias vamos voltar a ter a visita dos tios!!!





E não poderíamos despedir-nos sem antes deixar um obrigado leve leve com sabor tropical à operação nariz vermelho pelos narizes que fizeram as delícias da imaginação das crianças!
                                                      

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Formação Grças de Afectos



E a formação afinal foi domingo… 30… feriado. Dia da nacionalização das Roças teve de ir tudo até à sua Roça. E veio mesmo a calhar… Eram 16h30 de sexta-feira… mesmo em cima do fecho dos correios e lá fomos até à nossa Caixa Postal, a 531, ver se alguma encomenda tinha chegado… e nada! L Mas não desistimos e dirigimo-nos ao balcão explicando a situação e… voilá!!! Lá estava uma caixa cheia de narizes vermelhos que a Operação Nariz Vermelho tão gentilmente nos enviou para a nossa primeira acção que será já no próximo sábado, dia 8 de Outubro de 2010, às 9h30 no Hospital!!!  Os narizes, dentro de plásticos, fizeram logo as delícias da Mathilda, que me acompanhou aos correios, mas só foram estreados na formação em que os Tios se tiveram de ambientar a usá-los e, depois das dúvidas dissipadas sobre se serviriam em narizes XXL, seguiu-se com a formação em que para além das recomendações sobre a atenção a ter com o nariz (sufocos, tinta, etc), também se falou sobre como este pode ser usado para aproximar a criança de nós, vendo em nós um adulto querido e fazendo-a também ela se sentir querida, para além dos aplausos, canções, teatrinhos e jogos, nunca esquecendo que o nosso objectivo primaz é querer que cada criança se sinta única e que pelo menos aquele momento é dela e estamos ali para a fazer sentir melhor levando-a a melhorar todo o seu estado geral de saúde. Foi uma tarde de domingo bem passada e que mais uma vez se demonstrou que se querendo é possível fazer, mesmo estando em África! T.I.A positivo!